“Só aprendemos o valor da água quando o poço está vazio.”
(Thomas Fuller)
(Thomas Fuller)
Diferentemente de nós, homens, que tendo algo em abundância agimos de maneira pródiga e inconseqüente, sem pensar nos efeitos de longo prazo, Deus não se dá ao luxo de desperdiça coisa nenhuma, mesmo ELE sendo uma fonte inesgotável de energia.
Mas o que será que leva a natureza humana a agir dessa maneira, não era para ser diferente? Ora, se somos seres limitados deveríamos agir com mais responsabilidade, e acima de tudo com mais administração, a fim de otimizarmos os recursos.
Mas o que constatamos é uma tremenda falta de responsabilidade e desvalorização para com aquilo que temos recebido.
Veja, para atribuirmos valor a algo, este algo tem que ser útil e principalmente escasso. Quanto mais raro de se achar maior será o valor atribuído. Podemos tomar como exemplo as pérolas, o ouro e o petróleo, são coisas que não se acham em qualquer esquina, o que nos leva a atribuir valor para cada uma delas.
Com isso, percebe- se que o motivo que nos leva a negligenciarmos aquilo que temos recebido do alto, muitas vezes reside na percepção que temos de valor, tendo em vista que para nós só tem valor aquilo que é escasso.
Só que no Reino de Deus ocorre uma completa subversão e conversão de valores;
“E a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e amor que há em Jesus Cristo.” (I Timóteo 1:14).
Deus nos entrega sua Graça de maneira abundante, subvertendo a referência que temos de valor! Mesmo sendo abundante, não temos o direito de desvalorizar a graça recebida do alto e nem de torná-la vã em nossa vida. (2 Coríntios 6;1).
Desvalorizar a Graça também implica em não cuidar da Criação. Pois ela (a Graça) esta presente em nosso cotidiano, para qualquer direção que olharmos iremos encontrá-la revelada na criação.
Com isso, adotaremos uma postura diferente para com os recursos naturais, que mesmo sendo abundantes em nosso planeta, estão fadados a acabarem graças à desgraça humana em desvalorizar o que é abundante.
Mas uma consciência iluminada pela graça, ensina a valorizar aquilo que temos em abundância. Nos leva a mirar no longo prazo, a pensar nas futuras gerações. Pois " um homem de valor pensa em si mesmo em último lugar" ( Friedrich Schiller).
Não espere o poço ficar vazio para então valorizar a água, é melhor perceber e atribuir valor na abundância do que na escassez.
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