sexta-feira, janeiro 16

Cristo como Referência


“Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.” ( Lucas 18: 10 - 14)



Ambos subiram ao templo para orar, porém a motivação de um era completamente diferente do outro. Repare que o fariseu se colocou de pé e orava consigo, na verdade aquela era uma oração egocêntrica, trata-se de um informativo a fim de deixar Deus ciente das últimas noticias, esquecendo – se do fato de que Deus é Onisciente, e não precisa de nenhuma atualização humana, pois Ele sabe de todas as coisas.


Quando oramos precisamos estar conectados ao Pai, através do nome de Jesus, pois nós não sabemos orar como convém, mas o Espírito conhece as intenções do Pai, ao invés de orarmos mirando para nossa pessoa, devemos mirar em Jesus.


E esse tipo de oração são aquelas que pensam que se pode fazer um Deus a imagem e semelhança do homem, quando na verdade o caminho deve ser o contrário, é a imagem de Deus que serve como referência para nossas vidas, e que deve forja nosso caráter.


E a conseqüência disso é que quando o homem só olha para si, ele se acha acima da média, fazendo com que todas as demais pessoas sejam tachadas de pecadoras e imundas. Isso é fruto da presunção humana, a pessoa não consegue identificar os próprios erros, mas tem uma facilidade para perceber os erros dos seus semelhantes. E ele toma como base as suas obras, como se elas fossem a causa desse diferencial de moral em relação aos demais.


Isso demonstra uma falta de visão, pois quando o homem se compara com os demais, só existe dois caminhos, ou ele se sente como este fariseu superior, ou se sente inferior, dificilmente ele encontra uma referência linear, pelo contrário sempre cai em um dos extremos.


Olhando para Jesus, autor e consumador da fé (Hebreus 12:2ª)


Jesus deve ser nossa referência de vida, é para Ele que os nossos olhos precisam estar direcionados, e não para as circunstâncias em nossa volta, isso é andar por fé, é saber que por mais que façamos algo, quando comparado com Cristo, nossas obras não passam de trapos de imundices, e ai vem àquela bendita e paradoxal sensação de ser inútil. E esta convicção de inutibilidade nos leva a trabalhar e ao mesmo tempo nos estimula a prosseguir para o alvo.


Mas quando nossa vida é norteada pela vista, estamos fadados a nos tornar um fariseu, se achando acima da média dos demais, e caindo em uma conformidade de vida. Esse estilo de vida nos leva as zonas de conforto, uma vez que quando nos achamos superiores aos outros, não tem mais o que melhorar. È justamente ai que mora o perigo pois nos sentimos prontos, imbátiveis.


Vamos agora analisar a atitude do segundo homem, o publicano.


Este também se apresenta no templo para orar, só que diferentemente do primeiro, este fica de longe e nem se quer olha para o céu. Demonstrando com isso uma conscientização do abismo que o separava de Deus, sabendo que a única maneira dele ser ouvido e atendido por Deus, era reconhecer sua total debilidade, isso fica claro quando ele exclama; “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!”.


È a mesma reação que Isaias teve ao contemplar o Senhor, “Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos.” ( Isaías 6:5 )


O sentimento gerado pelo Espírito Santo em nós, não é de superioridade mas sim de mediocridade, “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus(Romanos 3:23), não restando para o homem outro caminho senão “O Caminho”, que é Cristo, o qual nos proporciona uma conscientizarão de que somos pecadores, e o mesmo Espírito Santo que nos convence dessa situação, é o mesmo que gera em nós o querer e o efetuar, fazendo com que saiamos da zona de conforto e entremos na zona de conflito, conflito com nossa carne, nosso eu , de maneira que quando pecamos, a graça de Deus nos sinaliza que algo estar errado, e que precisamos endireitar nossos caminhos.


Portanto Tenha Cristo como referência, por mais que seja impossível chegar aos pés DELE, mas pelo menos quando olharmos para cima veremos o quanto temos que andar e quão distantes estamos do nosso alvo, não restando outro caminho senão a humildade.



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