sábado, julho 8

Do Caos a Ordem


Por Bruno Jardim 


Ser colocado no meio de um vale cheio de ossos
Qual seria o benefício?
Seriam os ossos do ofício?
Ainda que não seja um lugar propício
Diante de Tua voz me silêncio

Nem deu tempo de ser tomado pela revolta
Pois sobre a face do vale,
Ele me fez dá uma volta

Antes de qualquer ação,
É importante fazer uma constatação:
Desculpe o pessimismo,
Mas, são mui numerosos os ossos
E cada um está sequíssimo

Fala ai filho do homem,
Estes ossos poderão viver?
Senhor, nem me atrevo a responder
Sei é que tudo, Tu podes prover

Uma coisa te esclareço
Eu anuncio o fim desde o começo
Não fique aflito
Eis que farei entrar neles o Espírito

Para acabar com esta paisagem macabra
Não precisa de nenhum abracadabra
Sintetiza e só profetiza
Que o resto, a minha Palavra realiza

O Senhor falou, tá falado
Nada de ficar calado
Enquanto ainda profetizava, ouvi um estalo
Era cada osso ficando lado a lado

Então o Senhor abriu o Seu acervo
A primeira medida foi fazer surgir nervo
Pois um corpo para existir 
Primeiro ele precisa SENTIR

E antes que alguém escarne
Ele fez crescer a carne
Pra que ninguém fique omisso
A carne me fez lembrar de COMPROMISSO

E sem que ninguém apele
Estendeu-se sobre o corpo a pele
Não fez dela um rascunho
Mas sim pra servir de TESTEMUNHO

Não basta parecer ser
Sem o meu Espírito, tudo isso vai perecer
Não se leve pela aparência
Ainda falta o principal: a minha ESSÊNCIA

Profetize ao Espírito
Pois a obra de fazer viver vem de Deus
Não vem de ossos 
E nem de vós
É um dom dado aos Seus

Estes ossos ainda dormem
Profetizei e Sua voz foi ouvida
O caos deu lugar a ordem
Entrou neles o fôlego da vida

O que era só osso
Agora é um exército numeroso
Que tornou-se valioso 
Graças as mãos 
Do Deus Todo Poderoso

*Baseado em Ezequiel 37

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