Por Bruno Jardim
Vivemos dias em que não há consistência e nem constância. Sim, estamos enfermos de nossa própria efemeridade.
Alimentamo-nos constantemente de comidas sem consistência. E quando encontramos um alimento saudável, ao invés de degustar, a gente prefere engolir rápido.
Comer rápido faz mal, a pessoa não mastiga direito e isso dificulta a digestão. Sem uma boa digestão não há absorção e tão pouco assimilação do que é bom para o organismo.
Se somos o que comemos, também somos o resultado de "com quem" e "como" nos relacionamos.
Para tornar-se em uma só carne, é necessário entregar-se em banquete, como oferta viva na mesa do relacionamento. Só assim vamos absorver o outro para dentro de nós e começar a ter nutrientes que nos ajudarão a assimilar os aspectos alheios.
Uma mordidinha só não basta, é preciso um banquete. Portanto, coma devagar, deguste, sinta os sabores. Deixe o céu da sua boca se acostumar com os diferentes sabores oferecidos.
Use o tempero do bom humor, do bom papo, da gentileza, e sinta o gosto da cumplicidade e afinidade.
Bem aventurado é quem não se alimenta do outro somente na cama, mas também na mesa da vida.
A consistência produz firmeza e resistência. A constância, fluidez e continuidade. Assim o amor fica sólido como uma rocha e flui como um rio, para desaguar e ter continuidade no outro.
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