sábado, março 27

Não Pise na Grama

“Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada.”

Cânticos 4;12


A igreja de Cristo é um jardim, assim chamada no livro de Cantares de Salomão. Um jardim não é um lugar qualquer, feito de qualquer maneira, antes é uma terra cultivada, bem cuidada e protegida.


Da mesma forma, Cristo tem um zelo para com sua igreja. ELE nos cerca e nos guarda, fazendo com que habitemos no esconderijo do Altíssimo. Sendo assim, através desta blindagem, Cristo nos protege do mundo e a parede de separação entre a Igreja e o mundo se torna mais forte.


Mas como se dá este cerco, de que maneira ELE nos protege do mundo?


O que tem se visto nesses dias é um jardim fechado fechando o que não era para se fechar. Tem se atribuído a este jardim um status de refúgio- fuga, fazendo dele um lugar inacessível para o restante do quintal. De nada adianta ter um belo jardim oculto, onde ninguém possa desfrutar de sua beleza.


O fato de estarmos fechados NELE nos dá segurança para avançarmos em direção ao mundo, não pra se contaminar, mas para transformá-lo. Esse jardim fechado é para nos proteger e não para nos esconder. È justamente essa proteção que Jesus pede para o Pai em sua oração sacerdotal:


“Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.” João 17;15. Trata-se de uma proteção presente e não ausente. Por sermos jardim fechado, temos condições de pegar nas serpentes; de beber alguma coisa mortífera, e ainda assim nada nos fará dano algum. (Marcos 16; 18).


O mesmo Cristo que nos tirou do império das trevas e nos arrebatou para o reino de sua maravilhosa luz, agora nos envia ao mundo. Mas, não nos envia na condição de mortos como ELE havia nos encontrado, agora estando vivificados, somos lançados para trazer vida a esse mundo que jaz no maligno.


Infelizmente nota- se o caminho inverso, ao invés da igreja ir de encontro ao mundo para transformá-lo, muitas vezes é o mundo que vem ao nosso encontro e acaba pisando em nossa grama, destruindo assim a beleza do jardim.


Esse “pisar na grama” nada mais é do que o sincretismo que adentrou nas igrejas.


Tudo começou com o imperador Constantino. O imperador, vendo que deveria se juntar ao cristianismo que estava crescendo de forma avassaladora buscou associar ritos e imagens pagãs as crenças cristãs. Mas, ele não foi o único a “pisar na grama”, ele somente deu o ponta pé inicial para que essa prática viesse a se tornar comum.


Costumes do mundo e de outras religiões encontram espaço nos cultos de hoje, isso com o pretexto de “atrair almas”. Estão pisando na grama da igreja, deixaram a genuidade do evangelho se contaminar com a demanda, com o que esta na moda.


O grande desafio é o Jardim Fechado ficar fechado ao sincretismo, mas aberto para as nações. Não para ele andar conforme o ritmo delas. Fomos fechados (protegidos) justamente para não nos sincretizar com as nações.


Somos colocados nesta posição para que as nações dos salvos andem à nossa luz; e assim os reis da terra trarão para ela (igreja) a sua glória e honra... não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro. (Apocalipse 21.24 e 27).


Que as nações venham comer do nosso fruto e desfrutar deste Jardim Fechado, que embora fechado esta aberto para todos os tipos de homens. A árvore da vida esta acessiva, ela dá seu fruto de mês em mês e as folhas da árvore são para a saúde das nações (Apocalipse 22.22).


Portanto, cuidado ao pisarem em sua grama! Que o mundo possa pisar em nossa grama, mas que este pisar não venha danificar o jardim, mas sim transformar os pés de que o pisa.


3 comentários:

Alexandre Pitante disse...

Paz, Bruno Jardim.

Parabéns, pelo seu trabalho neste blog. Que Deus em Cristo Jesus lhe continue abençoando poderosamente.

Estou seguindo o vosso blog.

Aproveito pra lhe convidar a visitar meu blog também. Avivamento pela Palavra é um blog voltado aos amantes da Bíblia sagrada como Verdade Absoluta e que só através Dela seremos mais crentes e mais cheios do Espirito Santo. Comente, pois seus comentários são muito importante para mim poder estar sempre em melhorias no meu blog.

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Siga-nos também.

Fica com Deus.
Um abraço, Alexandre Pitante.

Eduardo Medeiros disse...

Oi Bruno, beleza?

Enfim, consegui vir até aqui para realmente conhecer o seu blog.

Este texto é um bom devocional. Só me desculpe pela observação: Em Cantares, o texto citado não se referia à igreja, visto que a igreja não existia.

Ali é uma frase carregada de puro erotismo que inclusive, levou os rabinos judeus a considerarem a não inclusão de Cantares no Cânon.

Mas exatamente como os cristãos, eles deram uma interpretação simbólica para deixar o texto mais leve e interpretavam o tal "jardim fechado" como o povo de Israel.

Mais isso não desqualifica de modo nenhum o seu texto.

abraços

Anônimo disse...

Conteúdo edificante. Ver a degradação de algumas Igrejas por falsos-profetas é triste, quando elas deveriam se fortalecer mais e se unirem para pregar o Evangelho.

União entre as "noivas" não é apenas na Marcha Para Jesus e sim 365 dias do ano.


A Paz!

P.S: Obrigada por me seguir, já retribui e fique a vontade em comentar http://entrecongestionamentoserevolucoes.blogspot.com!