“Porque o amor de Cristo nos constrange.”
(II Coríntios 5:14)
Quem é o homem para provocar alguma variação na pessoa de Deus? Nossas boas ações não passam de trapos de imundice. É muita arrogância da nossa parte achar que uma ação nossa possa moldar o agir divino. Nada que façamos ou deixemos de fazer, ira fazer com que Deus nos ame mais ou menos. O amor de Deus não esta fundamentado nas circunstâncias, mas sim em seu próprio ser, pois Deus é amor e não tem como desassociar uma coisa da outra. Logo, se em Deus não existe sombra de variação, assim também é no seu amor. Portanto nada é capaz de nos separar desse amor e não importa o que façamos o amor DELE para conosco é invariável.
A questão é; como devemos lhe dar com esse amor? Pois o amor de Deus é completamente antagônico ao praticado pela natureza humana, ninguém esta acostumado a ser amado da maneira como Deus nos ama, pelo contrário, estamos acostumados com um “amor” baseado na pena de Talião – olho por olho, dente por dente - onde as reações dependem das ações que nos são dirigidas, tudo depende da maneira como o outro vai se comportar, busca- se pagar na mesma moeda.
Quando alguém nos faz mal, esta pessoa já fica com espírito armado, esperando um troco a altura, mas então vem o Espírito Santo e nos compele a pagar esse mal com o bem, fazendo com que tomemos um caminho diferente. E esta reação inesperada gera o constrangimento que é capaz de transformar um inimigo em amigo.
Veja se não foi justamente isso que Deus fez conosco; Ele nos amou quando ainda éramos inimigos (Romanos 5;10), não existia e nem existe nada em nós que nos faça merecedores desse amor. O que merecemos é a morte e a condenação. Mesmo assim ELE nos amou, surpreendendo assim a todos, pois o Deus que é Amor age por Graça ( favor imerecido).
O mais interessante é que “ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Isaías 53; 5)
Ou seja, as mesmas pisaduras que nossos pecados provocaram em Jesus, foram usadas para nos prover cura. Isso mostra a capacidade que o Amor tem de transformar o mal (pisaduras) em Bem (cura).
Tal atitude deve ser a nossa referência de vida, assim como Deus agiu conosco, devemos agir para com os demais. Humanamente falando isso é impossível, eu seria hipócrita em dizer que é fácil viver esse amor. Daí a importância de Cristo viver a Sua vida através da nossa (Gálatas 2; 20), pois só podemos dar aquilo que recebemos, e só amamos porque ELE nos amou primeiro.
Com isso estaremos aptos a pedir como o salmista;
“Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda”. (Salmos 23:5)
O objetivo disso não é para causar inveja aos inimigos e nem para mostra como nossa fé é poderosa, antes é para que o que temos recebido de Deus venha transborda, a fim de que “se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer; e se tiver sede, dá-lhe água para beber.” (Romanos 12:20)
Nunca se deve pagar o mal com mal, mas sim com o bem. Infelizmente o que se esta em voga é um triunfalismo, que tem como objetivo humilhar nossos inimigos, para que assim o “nome de Deus seja glorificado”, sinceramente isso é completamente incoerente com o evangelho. Pois o objetivo desta “mesa preparada” é justamente o de constranger em amor os nossos inimigos.
Um comentário:
Nossa...adorei esse artigo. Me provocou uma sensação tão gosotosa, vc me fez sentir cada palavra. Esse amor foi maravilhosamente explicado. Glórias a Deus por esse dom que Ele lhe deu. Continue usando-o para abençoar mais vidas. Um abraço Luciana
Postar um comentário