Os jovens se encontram com Levi’s”. Este era o bordão de um comercial que marcou profundamente minha infância. Ao som de uma melodia inesquecível (num estilo meio country, meio folk), um rapaz dirige seu carro conversível pelas ruas de uma cidade européia (acredito que Roma ou Paris), quando, de repente, seu carro bate acidentalmente em outro carro, de onde sai uma linda moça disposta a discutir. Quando cruzam seus olhares, se apaixonam e saem num só carro, para surpresa dos transeuntes.
Uma colisão provocou um encontro de amor.
Enquanto escrevo, lembro perfeitamente da melodia. Nunca consegui saber de quem era a música. Já procurei pela internet até dizer chega. Já faz 30 anos, e essa melodia jamais me deixou. Tem sido uma espécie de trilha sonora da minha vida.
Lembro que ficava parado diante da TV, na expectativa de assistir ao comercial do jeans. Havia algo de mágico que conseguiu cativar meu coração infantil.
Porém, hoje, enquanto buscava inutilmente entre os comerciais antigos postados no Youtube, fiquei a pensar na mensagem que ele passava.
Não importa o cenário, ou mesmo a trilha sonora; o fato é que nossa vida é repleta de encontros e colisões.
Todo encontro traz o potencial de tornar-se numa colisão. E toda colisão pode vir a ser um encontro. Tudo vai depender do olhar que lançarmos nas situações que o deflagraram.
Deus é o Grande Cupido, Aquele que nos faz cruzar os caminhos uns dos outros. Cada pessoa que passa por nós representa um novo Universo a ser explorado, uma nova amizade a ser cultivada. Mas por causa de nossa distração crônica, sempre deixamos passar despercebidamente.
Lembro de quando meu olhar cruzou com o olhar de Tânia, minha esposa. Naquele momento, sonhos se amalgamaram, destinos se mesclaram, e anseios profundos foram despertados em nossos corações. Nunca mais seríamos os mesmos. Os olhos que se cruzaram numa reunião de igreja, agora passariam a olhar na mesma direção.
Vinte e quatro anos depois, o resultado daquele olhar são três lindos filhos, uma história em comum e um futuro a ser construído.
Não há acidentes. Nada acontece por acaso. O Universo conspira para que as pessoas se encontrem.
Porém todo encontro tem o potencial de tornar-se colisão. Quando o amor dá lugar à mágoa, a admiração dá lugar à inveja e a cooperação à competitividade. Beijos viram mordidas, abraços viram socos e pontapés, sussurros se tornam discussões, e os olhares que antes se cruzavam,passam a olhar para direções opostas.
Que façamos do lugar de encontro, também um lugar de reencontros. Que jamais permitamos que o desgaste do dia-a-dia transtorne nossa comunhão de amor.
O segredo para evitar que nossos encontros se tornem em colisões é manter nossos olhos n’Aquele em Quem todas as coisas convergem: Cristo. Somente Ele pode eternizar nossos encontros.
Isso me faz lembrar Janires, o maior poeta da música cristã nos anos 80. Em uma de suas canções, ele dizia que um dia “trocaremos nossos jeans, pelas vestes santas do Senhor”.
Texto de Hermes Fernandes
Via Hermes C. Fernandes
Uma colisão provocou um encontro de amor.
Enquanto escrevo, lembro perfeitamente da melodia. Nunca consegui saber de quem era a música. Já procurei pela internet até dizer chega. Já faz 30 anos, e essa melodia jamais me deixou. Tem sido uma espécie de trilha sonora da minha vida.
Lembro que ficava parado diante da TV, na expectativa de assistir ao comercial do jeans. Havia algo de mágico que conseguiu cativar meu coração infantil.
Porém, hoje, enquanto buscava inutilmente entre os comerciais antigos postados no Youtube, fiquei a pensar na mensagem que ele passava.
Não importa o cenário, ou mesmo a trilha sonora; o fato é que nossa vida é repleta de encontros e colisões.
Todo encontro traz o potencial de tornar-se numa colisão. E toda colisão pode vir a ser um encontro. Tudo vai depender do olhar que lançarmos nas situações que o deflagraram.
Deus é o Grande Cupido, Aquele que nos faz cruzar os caminhos uns dos outros. Cada pessoa que passa por nós representa um novo Universo a ser explorado, uma nova amizade a ser cultivada. Mas por causa de nossa distração crônica, sempre deixamos passar despercebidamente.
Lembro de quando meu olhar cruzou com o olhar de Tânia, minha esposa. Naquele momento, sonhos se amalgamaram, destinos se mesclaram, e anseios profundos foram despertados em nossos corações. Nunca mais seríamos os mesmos. Os olhos que se cruzaram numa reunião de igreja, agora passariam a olhar na mesma direção.
Vinte e quatro anos depois, o resultado daquele olhar são três lindos filhos, uma história em comum e um futuro a ser construído.
Não há acidentes. Nada acontece por acaso. O Universo conspira para que as pessoas se encontrem.
Porém todo encontro tem o potencial de tornar-se colisão. Quando o amor dá lugar à mágoa, a admiração dá lugar à inveja e a cooperação à competitividade. Beijos viram mordidas, abraços viram socos e pontapés, sussurros se tornam discussões, e os olhares que antes se cruzavam,passam a olhar para direções opostas.
Que façamos do lugar de encontro, também um lugar de reencontros. Que jamais permitamos que o desgaste do dia-a-dia transtorne nossa comunhão de amor.
O segredo para evitar que nossos encontros se tornem em colisões é manter nossos olhos n’Aquele em Quem todas as coisas convergem: Cristo. Somente Ele pode eternizar nossos encontros.
Isso me faz lembrar Janires, o maior poeta da música cristã nos anos 80. Em uma de suas canções, ele dizia que um dia “trocaremos nossos jeans, pelas vestes santas do Senhor”.
Texto de Hermes Fernandes
Via Hermes C. Fernandes
Um comentário:
Parabéns pela forma que escreve. Mesmo não comungando da mesma óptica de fé, gostei do seu bolg.
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