"E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido?"
( I Coríntios 4:7)
No sábado passado ( 14/03 ) tive a oportunidade de assistir ao show do Iron Maiden na praça da Apoteose. Cerca de 22 mil pessoas (muitas famílias, pais acompanhados com seus filhos) compareceram no local para prestigiar o melhor do heavy metal. Com um repertório dos anos
O Iron Maiden não poupou nada no Rio de Janeiro. Luzes, cenários diversos, explosões, labaredas e duas versões do mascote Eddie, a egípcia , do disco “Poweslave”, de 1984, e a futurista, retirada de “Somewhere in time”, de 1986. Foi uma apresentação perfeita.
Seja o que for, é muito bom presenciar algo que beira a excelência, feito por pessoas que não se contentam com o bom ou com a média, mas sempre buscam algo a mais.
Temos diversos exemplos de pessoas que buscam a excelência naquilo que fazem.
Por exemplo, Michael Jordan em sua biografia atribui o sucesso obtido no basquetebol a um treinador que sempre após os jogos evidenciava suas falhas em detrimento das suas belas jogadas. Não importava o quão bela fosse sua atuação, no vestiário esse treinador sempre “puxava sua orelha” a fim de aperfeiçoa – lo cada dia mais.
Com isso o jogador não entrava em uma zona de conforto, mas estava sempre em conflito com suas performances, o que o fazia melhorar a cada dia. Ele preferia ser salvo pela critica do que destruído pelo elógio.
No Brasil temos o exemplo de Oscar Schmidt, o “Mão Santa”. Que é o recordista mundial de pontuação do basquetebol com 49.703 pontos. É considerado um dos maiores jogadores de basquete de todos os tempos. Ele prefere ser chamado de “Mão Treinada” do que de “Santa”, isso devido as horas que passava muitas vezes sozinho após os treinos praticando seus arremessos.
Almejar a excelência deve ser um alvo constante na nossa caminhada diária. E o primeiro passo para se aproximar da perfeição é reconhecendo nossa imperfeição.
Sejam as enterradas do Michael Jordan, os arremessos do Oscar Schmidt, uma partida de tênis entre Roger Federer e Rafael Nadal, as guitarras e o som do Iron Maiden, o violão do Toquinho ou do Yamandu Costa e as obras de Villa Lobos. Tudo isso é fruto da graça divina. Não existe nenhum dom que não venha do alto. Mesmo a pessoa sendo Auto Didata, antes de ser auto, o dom passou pelo alto!
Talvez o segredo desses personagens que foram aqui citados reside no fato deles manterem o olhar para o alto. Pois tomando o alto como referência de perfeição, sempre teremos a sensação de que precisamos melhorar.
Encerro com uma relfexão do escritor uruguaio Eduardo Galeano :
"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”
Isso se encaixa como uma luva no que diz Filipenses 3:12; "Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus."
Ainda bem que é impossível alcançar a perfeição, pois isso nos motiva a caminhar sem parar ...
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