POR BRUNO JARDIM
Sentir na pele para ajudar a salvar a pele de outros.
Isso me faz lembrar da reflexão de Rubem Alves em "Ostra feliz não faz pérola".
Assim como a ostra precisa enfrentar a irritação de um grão de areia para produzir uma pérola, nós, seres humanos, muitas vezes somos moldados e fortalecidos através das experiências dolorosas que atravessamos.
Se você já sentiu na pele o peso da dor, é bem possível que passe a compreender a importância de estender a mão para aqueles que estão sofrendo.
A Cruz é um exemplo disso...
Mesmo do alto dela, Jesus se preocupou com os que estavam à sua volta.
Em um cenário de dor e crueldade, Ele exalou o bom perfume de Seu amor para a humanidade.
Na maioria das vezes, quem é portador de esperança precisou portar a dor por algum tempo.
Quando o seu ser é marcado a ferro e fogo pela misericórdia, você aprende que o amor mora em mãos com cinco dedos estendidos para ajudar e não em um dedo apontado na ferida para fazer sangrar.
Sim, a empatia e a solidariedade podem nascer da experiência pessoal da dor e da superação.
Portanto, assim como a ostra que, mesmo diante da irritação, continua seu trabalho de produzir pérolas, e como a Cruz, que nos deu vida através da morte, você também pode seguir em frente, mesmo diante das adversidades, e encontrar beleza e significado em sua jornada de recomeço.
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