sexta-feira, março 6

Se movendo na roda dos escarnecedores II

Existe também uma outra roda, sem a qual estaríamos fadados a viver de forma estagnada, sem qualquer perspectiva de fututo. Trata – se da Roda do Oleiro.


Se a roda dos escarnecedores implica em conformidade a do oleiro gera transformação.


Pois seu cenário se passa sobre as rodas, ou seja, ela esta em constante movimento. Isso possibilita que em caso de quebra do vaso, o Oleiro tenha condições de tornar a fazer dele outro vaso, conforme o que lhe parece bem aos olhos fazer (Jeremias 18. 2-4).


Eis o nosso chamado: Estar na roda do oleiro! Sempre em movimento, com a nossa mente renovada, para que então experimentemos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Assim teremos a felicidade como um meio de vida, e não como um fim, teremos o bom ânimo necessário para enfrentarmos as demandas da vida, e assim podermos reagir a elas da melhor forma. Para isso precisamos ser humildes e descer até a casa do oleiro, e ficar a disposição e disponível nas mãos Dele.


A certeza disso está nessas palavras de Jesus; Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (João5:17), ou seja a roda sempre estará em movimento.


Outra coisa interessante de frisar, é que o verbo original usado no texto bíblico referente a assim chamada Grande Comissão (Mateus 28:18-20), não esta no imperativo ( ide ), mas sim no gerundio (indo), o que nos dá uma ordem de estarmos em constante ação.


Enquanto se caminha as sementes vão se espalhando, trata – se de uma ação durativa, que vai sobreviver a nossa própria existência. Mesmo após a nossa morte elas ainda continuarão falando de forma eloqüente.


Que possamos estar em constante movimento, o segredo para não se assentar reside em ser “uma metamorfose ambulante, ao invés de ter aquela velha opinião formada sobre tudo”, já dizia o maluco beleza Raul Seixas.


Portanto esteja em constante transformação na roda do Oleiro, para então ser e fazer a diferença na roda dos escarnecedores. Pois somos gerados pelas mãos do Oleiro para fazer a diferença no mundo. O mundo não é a nossa origem, mas deve ser o nosso alvo.


Mas cuidado, antes de freqüentar tal roda passe primeiro pela do Oleiro. Caso contrário se ousarmos freqüentar esta roda sem a consciência renovada pelo Oleiro, iremos nos assentar e dançar conforme a música, sendo seduzido pelas concupiscências da carne.

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