segunda-feira, fevereiro 17

"E disse Jesus: Quem é que me tocou?" Lucas 8: 45

POR BRUNO JARDIM

Uma mulher sofria há anos com uma hemorragia contínua, vivendo à margem da sociedade.

A Lei a condenava ao isolamento por sua condição de impureza. Mesmo não sendo um ciclo menstrual comum, ela era julgada como tal, carregando o peso da exclusão social.

Mas, algo diferente aconteceu.

Ela ousou.

Rompeu o cárcere hemorrágico que a aprisionava, desafiou as regras, e saiu às ruas.

Aproximou-se de Jesus e tocou a borda de seu manto.

No instante daquele toque, sua hemorragia cessou.

O fato é que na vida há muitos esbarrões, mas poucos toques.

Toques são diferentes de esbarrões...

Eles são momentos em que sentimos a vida acontecer, quando algo em nós se dirige ao outro de forma intencional e profunda.

Toques são trocas de vida.

São a manifestação dos rios de águas vivas que fluem do nosso interior.

Toques são frutos da Fé do afeto.

É quando há reciprocidade de intenção, quando a vida nos chama para nos aproximarmos, e essa aproximação gera uma próxima ação, culminando na comunhão.

O toque de Cristo é movido pela justiça e liberdade.

Cristo não estava preocupado com o controle que as autoridades exigiam, mas com o cuidado que as pessoas necessitavam. Ele vê o invisível, toca o intocável e liberta o aprisionado.

Naquele dia, a mulher foi curada, vista, acolhida e libertada.

O toque dela em Jesus foi um ato de fé.

O toque de Jesus nela foi um ato de amor e justiça.

Por mais toques e menos esbarrões.

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