sábado, fevereiro 21

Como uma onda no mar


Grandes mudanças no mundo surgiram de pequenas ações. Temos que ter em mente que ações locais geram conseqüências globais, tudo esta interligado. Logo devemos dar valor às pequenas ações do cotidiano.


Veja qual foi a promessa e a ordem que Jesus deu para seus discípulos:


“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” ( Atos 1:8)


· “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós...

Esta virtude do Espírito Santo é a força propulsora que nos leva a agir e fazer boas obras. Graças a sua ação somos capazes de praticar boas obras que vão contribuir para um propósito macro, ainda que sejam realizadas em um ambiente micro.


Aqui vale uma observação: não somos salvos pelas boas obras, mas somos salvos para as boas obras. Elas não são a causa da salvação, mas sim uma conseqüência. Salvação é dom de Deus (ver Efésios 2:8). Deus muda nosso caráter, para depois mudar nossas obras.


E devemos operar essas boas obras no mundo, pois “... a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus.” (Romanos 8:19)


Ao invés da igreja adotar uma postura de fuga, ela precisa ir ao encontro do mundo. Não para se conformar, mas sim para transformar. O próprio Jesus pediu isso ao Pai em sua oração sacerdotal;


“Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.” (João 17:15)


Infelizmente o que esta em moda no “meio gospel” é um escapismo da realidade na qual a igreja esta inserida. Existe um “nacionalismo espiritual” exacerbado, ou seja, a igreja tem dado muita ênfase para questões única e exclusiva de cunho espiritual em detrimento das questões sociais.


É preferível se alegrar, pois ainda bem que vamos morar no céu! O resto que pegue fogo, pois eu vou subir ... eu vou subir. Ledo engano!


Prefiro voltar meus olhos para os Salmos 104: 30 – 31:


“Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra. A glória do SENHOR durará para sempre; o SENHOR se alegrará nas suas obras.”


Cristo já nos arrebatou do império das trevas para o reino da Sua luz, para que agora uma vez vivificados por ELE, fossemos lançados no mundo como agentes transformadores.


O destino da terra não é o fogo da destruição, antes é ser incendiada pelo fogo do Espírito que traz renovação. E tal renovação é feita através da virtude do Espírito Santo operada diariamente em nós, nos pequenos atos de boas obras.


Já dizia Lulu Santos: “A vida vem em ondas como um mar, num indo e vindo infinito.”


Como as ondas que surgem de maneira imperceptíveis ainda no fundo do mar, assim também são as boas obras geradas pelo Espírito Santo em nossa vida. Ao olho nu não passam de coisas insignificantes, ninguém esta vendo, mas elas estão lá em pleno processo de maturação com potencial para se transformarem em grandes feitos.


· “... e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.”

Não se pode almejar os confins da terra sem antes passar por Jerusalém, pela Judéia e por Samaria. È fundamental que respeitemos as etapas da vida, cada ciclo precisa ser fechado. As lacunas precisam ser preenchidas através das boas obras em cada local.

Nada de avançar para a “Judéia” sem antes cumprir nosso propósito em “Jerusalém”, e assim sucessivamente... até que em fim cheguemos aos “confins”.

E não devemos dar a este “fim” um status de encerramento, ao contrário devemos enxergar nele um “fim” que aponta para propósito. Não é por que chegamos aos confins da terra que nossa jornada terminou. Pelo contrário, cada fim conquistado deve se transformar em um meio para alcançar um objetivo maior e assim caminharmos de glória em glória.

Cada etapa concluída abre espaço para uma nova jornada, num indo e vindo infinido...

Então se cumprirá a profecia contida em Habacuque 2:14 : “Porque a terra se encherá do conhecimento da glória do SENHOR, como as águas cobrem o mar.


Portanto que busquemos mudar o mundo no qual estamos inseridos, assumindo nossa responsabilidade de sermos cooperadores de Deus. Cada um fazendo sua parte contribuindo para que a terra se encha da glória do Senhor.

Pois “... não adianta fugir, ou mentir pra si mesmo agora. Há tanta vida lá fora ... Como uma onda no mar.”



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